terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"Depressão"

Nem vontade de postar eu tenho.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Eu, que amo tanto...

Não sei, sinceramente, se é porque me convém que não faço, ou se é porque dói que evito. Tudo e nada. As figuras que pintamos de tarde, os faróis apagados, o abandono diário que sempre tentei evitar. Metáforas para esconder que quero assumir um amor possível, atualmente. Metáforas para assumir que estou deixando pra trás tudo o que me cativa. Metáforas mistas para tentar mostrar o quanto saboroso poderia ser. Saio como quem procura um sentimento efusivo de que tudo vai passar. Saio para procurar, com toda minha cara de pau, um motivo irônico para não deixar de querer ser. Arranjo desculpas como um mestre em artes marciais. Arranjo promessas como se esquecesse que minto por mentir. Fujo de tudo por não pertenço a nada que esta por perto ou perto de mim. Fujo da rotina que contrabalança meus 40 graus de amor platônico. Perco tudo e enxergo uma miragem real daquilo que perseguiria se não soubesse. Vejo eu não sou nada e então arrumo um tempo para olhar o espelho e retomar a auto frustração. Não quero dizer com todas as letras, mas não quero voltar a mentir. Não quero pensar em amargurar mais 40 anos pensando na imaturidade revivida. Não quero sugar a saliva de ninguém. Não se for só pra entrar pro clube das "pagodeira apaixonada" como se não ouvissem o eco dos risos. Vou penetrar com calma e frieza o bastante para não me doar inteiramente. Vou vagar por ai pedindo centavos e cobrando do mundo um por que para tudo de errei. Vou juntar meus cacos e tirar do fundo do poço cada pedacinho de incerteza do meu corpo punido. Vou amar cada vez mais, mesmo inventando diariamente um sentido menos confuso de ser e estar.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

2006, quem diria...

Se você, usando de sua curiosidade, insiste em procurar em mim um espaço vazio, não perca seu torso ou ponha mais fichas. Eu sou, interiramente e de cima para baixo um legume cozido em óleo. Sou frasca e quero, por toda vida, ter em meu cérebro um córtex sólido. Se eu fosse teu sexto sentido, te aconselharia a interromper a necessidade incompreendida de saber quem sou. É poder demias em mãos fortes o bastante. O que está diponível até mesmo ao toque ingentil, é verídico e sem graça, por isso desista.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mafalda

Vovó sabe que não quero ninguém.
Ah, se vovó soubesse que te amo...
saberia que minto também.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Metodologia não tem futuro.

Vou te dizer o que é verdade. A ira e o desgosto me fizeram encarar a moralidade que nunca tive. Fui e não voltei, embora lá tivesse deixado tudo o que tinha. Feminino, masculino, tanto faz, ganhamos e perdemos tantas coisas pelo caminho que não nos cabe mais ir contra nossos instintos. Um a hora dessas, deixo o desprazer de lado para tentar fingir que não me importo em usar mascaras diariamente. Uma hora dessas, prendo todos os costumes mal feitos e transmuto como haveria de ser. Hoje ou amanhã, farei uma limpeza divina em todo o meu estado de espírito, talvez, se as colunas forem derrubadas, eu possa ter vontade de deixar tudo nítido. Não sei se é revolta ou desespero, mas, das coisas que existem, só vi uma delas me conquistar tanto quanto nesses últimos dias. Você sabe, e saber de mim já está cansando seu cerebelo. Liberdade não existe a quem está fora dos padrões. Liberdade não existe a quem se engana usando virtudes ao invés de contrapontos. Tu, agora, definitivamente não saberias me dizer o que nos faria mais felizes senão todos os sonhos que jamais poderíamos realizar. Tenho pena de mim e de todos os iletrados que se acham poderosos o bastante para ignorar o que todos os dias é jogado na cara. Na verdade, nunca vou poder te dizer a verdade. Nunca vou ter coragem para enloucar e confundir até o mais profundo raciocínio. Meu cérebro está vendido e a maldita moralidade conseguiu o convencer. Melhor para mim e pra os que não entendem. Eu vou continuar do mesmo jeitinho mimoso do meu infinito ser e estar.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Como se nada houvesse que esperar, espero em pé.

Vou de novo como se o anterior não houvesse me afetado. Sigo inexatamente com a conivência de sempre. Mudar não me faria melhor nem pior, mas, com certeza, evitaria a pena. Finjo que não enxergo minha incerteza. Penso que posso enfrentar meus medos. Acredito em um futuro distante de tudo que tenho mostrado. Tento entender coisas vagas que me sugam o cérebro. Perco meu tempo, diariamente, como se pudesse voltar ao passado. Tento acreditar que faria diferente, mas nisso não mudo. Talvez, se tivesse coragem, mandaria tudo o que não presta desabitar meu corpo. Não tenho nem sequer forças para economizar. Vitimizei, e agora acredito no que diziam os poetas: antes morto do que seguarando as calças. As minhas, prometo, segurarei com o que me falta e, juro, tentarei ser criativa no próximo pedido de perdão. Avante até 2014, com 21 anos nos tornozelos!

sábado, 17 de julho de 2010

Meu Livre Arbítrio Fugaz

É difícil para mim escrever coisas com nexo, coisas de fora de mim, mas é hora de tentar usar o equívoco. Posso dizer que me compreendo, mas não sei demonstrar apreço ao que não me impressiona. Não ser rude nem egoísta, é simplesmente o material se aproximando de mim. Não ajudo minha vó nas ocupações domésticas a não ser quando minha consciência ou bom senso é convidado a se pronunciar. Às vezes pode parecer que não entendo as maracutaias do dia-a-dia e que não sei nem ao menos me identificar, mas não é bem assim. Eu perdi boa parte da minha criatividade tentando me ausentar do que era meu. Perdi boa parte do meu sossego tentando fechar as cicatrizes que não eram minhas. Perdi boa parte de mim tentando parecer mais comigo. Demorei para perceber que eu não tinha significado e quis me guardar para meu entretenimento. Já foi. Hoje, posso confessar que o que eu queria mesmo era um minutinho para desaguar minhas magoas sem aquelas famosas e infelizes frases de pena. Nunca tive e quando tenho não levo a serio as consequências do que muitos insistem em considerar rude. Não tenho um propósito definido, mas sei que vim ao mundo e que aqui não faria a menor diferença se não estivesse. Puxa vida, como eu gostaria que deixassem de lado a fraqueza emocional e vissem o quanto prazeroso é amar e o quanto ser generoso é possível sem gastar seus míseros ou milionários compradores. Você não me lê. Você não me sente. Você apenas molda suas expectativas. E eu não sou tão capaz quanto pareço ser. Se é que pareço ser capaz. Aliás, vamos botar em pratos verdadeiros: eu nunca fui aquele colapso de incertezas e violência. Nem nunca usei máscaras para que o falso viesse à tona. Eu sempre quis dar o melhor de mim. Sempre aguardei que assim descoberto fosse. Mas, não deu. E o que é bom sempre termina com um quadrado e caótico estado de latência, que, assim como eu, apenas espera explodir.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Refléquiço

Posso dizer que agora compartilhamos o mesmo sentimento: vulnerabilidade. Com todas as letras e interpretações erradas. Eu te pedi, sem implorar, mas pedi. Foi tão difícil se manter por perto? Me dê um motivo pra fugir. Me dê uma chance para achar o errado no espelho. Ah, tava aqui.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

raivA. pra não dizer. irA

Só tem duas coisas que nos impedem de sermos amigos: a falta de ênfase e a confiança ignorada. Santo, eu nunca fugiria a obrigação de velar teu corpo. No entanto, tive que vê-lo correndo sem rumo e com mentiras falhas. Foi triste... O errado foi esquecer que a imperfeição existe e que lá estaria em caso de decoro. É difícil pensar no que fazer, mas eu faria o impensado se fosse oportuno. Mesmo que retificar se tornasse impossível. Agora não tenho mais ira no meu coração e há quem diga que é saudável. Eu não digo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dezessétima e Incompreendida

Quero deixar claro que foi afoito. Não me tranqüilizou como dizem os poemas de poetas mortos. Não foi íngreme e, pra piorar, deixou chagas que o tempo... Já passou. Era pra ter sido cedo, mas só ocupou o tempo que nunca tivemos. Não queria ter que ser tão clara, mas a verdade é mesmo pra ser obscura, só assim causa impacto para vir à tona. Não. Tudo começa e termina com um belo e explosório "não". Isso, talvez, porque só existam marcas chafurdadas no impensado ou porque não exista razão para o contrário. No entanto, pode-se ignorar -como é de praxe- e retomar como se fosse a invertida intenção. Mas não somos dignos de engano, então, deixe-se enganar.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

"Nunca" era uma palavra torta mas sem sombra nem significados próprios. Então, por favor, respeitem os padres.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Laico e ineficaz

Mereço mais que isso. Mereço putrefar na infinita busca por perdão. Mas já é tarde, e como já havia subscrito, tenho que mentir. Não posso mais segurar-me diante do descuido de não prestar atenção. Mentira. O que não posso não está explícito. Mergulho, mas o que eu quero encontrar está tão submerso quanto minha necessidade. Que infelicidade. Podendo doar-se àqueles que transformam sua vida em um fricote emancipado, de maneira e razão estúpidas, doa-se às reticências, como se aliviassem o córtex destruído. O que tenho é pouco e disso sei. Mesmo mentindo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Eu não sou.

Piu iu iu...

"Sinto muito. Verdade. Sinto demais saber a verdade. Penetrar nos ouvidos calados e não querer, apenas desejar silêncio. É possível quando se tem as mãos acima do real enredo. Porém é custoso acreditar no exato. Afinal, o desespero só bebe o que é esquecido e resguardado abaixo da segurança. Tudo é mais que uma mentira crua. Tudo é apenas uma estória vazia. A chama e o mestre. O fecundado louvor que não louva nada. O projeto que caracteriza não só a si, mas um mundo fraco e hidrólogo." (?)(!)

segunda-feira, 29 de março de 2010

terça-feira, 23 de março de 2010

.Lithium desqualificado.

Me horrorizo fácil. Manter a quietude já não me é adequado. Nem se eu o quisesse. Amanheço de luzes acesas. Finjo reação quando o que somente faço é engolir com voracidade as afirmações nem positivas, nem negativas, apenas obtidas pela instintiva impressão. Viajo, sim. Sou capaz de trazer à vida o falecido sonho. Mas isso, também não me seria adequado. Preciso seguir os padrões dispostos. Preciso velar. Aguardo assídua o janeiro perfeito sem que seja necessária a vírgula da subjugação. Aguardo assídua o domingo venéreo que me fará perder os instintos e voltar à si. Ou a mim mesma.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Pois é...

Estive perto de perder de tudo um pouco. Da vida o ritmo, e da esperança o que me fazia levantar. Mesmo assim, as proezas tendem a se inverter. Os critérios tendem a interagir e transpor algumas ilusões. Mesmo tendo em mente que os privilégios são os menos privilegiados, é preciso um pouco mais de coordenação, pois tudo sempre se perde.

Límpido, mas Flácido demais.

Não me iluda com palavras claras.
Não sou o infinito, mas posso tentar o lúcido.

Deferência Flúrica.

Nada de futuro. Nada de passado. Nada de metáforas.
Todo o contexto. Todo o tempo exato. Tudo triangular.
Caras que não dizem. Caras que não faltam. Caras a flertar.
Virtudes e misérias. Virtudes e grandezas. Virtudes e palavras.
Mero submisso. Mero artifício. Mero planejar.
Sorte no jogo. Sorte no jogo. Sorte no jogo.

Há uma menina nada retraída com a qual viajo sem perder o atrevimento.
Ilusões que vivo e sinto com a mesma que seduz e atrai.
Nem seduz, nem atrai, mas é como se o fizesse.
Bem, muito bem.

Loco Ócitos

Tão diferente de tudo que chega a ser impossível acreditar plenamente. Os piores fundamentos estão aqui expostos, pois, no final de tudo, as chagas estarão ainda mais doloridas. Mas em fim, qual será a riqueza dos generosos que cedem toda sua fortuna pelo simples prazer de estar limpo? Quais são os limites menos ultrapassáveis? Qual a rotina impossível de se mudar? Quais os amores menos vulneráveis? Quais os sorrisos mais belos que novos sorrisos? Quais os ritmos? Quais as palmas? Sentir é nada tão grande. É tudo bobagem. É menos verdade e mais frustração. Acordar e deparar-se com mágoas passadas, sorrisos deglutindo em novos sorrisos. Viver é a escolha menos incorreta de ser e estar. lá onde a coruja dorme.

domingo, 21 de março de 2010

Ciênzie

Quando repenso a vida, vejo tudo com olhos mecânicos e analíticos. Quero mudar. Atingir o incerto e tornar a rever conceitos. Um passo à diante mais extenso que o espaço. A união e a química assim como a perda do sono em curvos e inconsoláveis dias de insônia. Como se tudo fosse mágica, ou como se todas as caricaturas fossem irrepresentáveis. Por que aguentar? Porque aguentar é iludir, e iludir-se é irrecusável. Símbolos são prontos e acabados assim como o antagônico é antagônico. A riqueza sempre esteve nos detalhes tão imperceptíveis quanto o real significado das palavras/sentimentos/ações. Sou eu pedindo para ser eu mesma. O tumulto obcecado por ser um oásis clichê. A bendita cabra lépida das matutinas manhãs. O bendito e tardio retrocesso. Uma estorinha mal contada propositalmente. O errôneo é de se admirar. A tristeza involuntária que de tão expressiva deixa de ser uma elipse e passa a consolar. O homem dos ossos de ouro. O ouro de ossos de um homem. A metáfora suja e desinteressante. Quarenta e duas polegadas de obsessão e empreendimento. No que? Pergunte aos outros, eles também não sabem.